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Notícias

Proibição de emagrecedores gera polêmica em audiência


Data de publicação: 11 de outubro de 2012

Representantes de entidades médicas e da Câmara Técnica de Medicamentos divergiram na última terça-feira 9 de outubro sobre a proibição da venda de alguns inibidores de apetite. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, no fim do ano passado, a venda dos anorexígenos anfepramona, femproporex e manzindol. O assunto foi discutido em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família.

O diretor-geral da Associação Brasileira de Nutrologia, Paulo Giorelli, afirmou que a incidência de obesos subiu de 2,4% para 4% após a proibição de uso dos anorexígenos. Esse número foi obtido em uma pesquisa realizada pela associação com base em questionários preenchidos por médicos de dezembro de 2011, quando o uso dos anorexígenos foi proibido, a setembro deste ano. A associação defende a liberação dos inibidores de apetite.
Já o médico Francisco Paumgartten afirmou que a Câmara Técnica de Medicamentos recomendou a proibição dos inibidores de apetite porque esses medicamentos não alcançaram o seu objetivo, que é reduzir as doenças associadas à obesidade e ao sobrepeso. Entre os efeitos negativos, ele citou o aumento da pressão arterial, que provoca infartos e derrames.

Paumgartten disse que não há registro de mortes pelo uso da anfepramona, mas isso não significa que elas não ocorram. "O paciente tem um infarto, você vai atribuir o infarto à obesidade, a qualquer outra coisa. Você só vai verificar que esse infarto é, em parte, associado ao medicamento se fizer um estudo com rigor metodológico."

O médico também destacou que 90% dos pacientes que tomam inibidores de apetite param de usá-los, em média, depois de três meses, por causa da ineficácia dos medicamentos.

Grupo de trabalho

O presidente da Comissão de Seguridade, deputado Mandetta (DEM-MS), anunciou que criará um grupo de trabalho para analisar os fatos que levaram a Anvisa a proibir a venda dos inibidores de apetite e as consequências dessa proibição para a saúde das pessoas.


Fonte: Agência Câmara de Notícias

 



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