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Notícias

Bebidas muito quentes podem causar câncer de esôfago, alerta OMS


Data de publicação: 16 de junho de 2016

Beber café, chá ou mate muito quente é um hábito que pode causar câncer de esôfago, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com um relatório divulgado pela Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês) nesta quarta-feira, o consumo de bebidas a 65ºC ou mais provavelmente é cancerígeno. “Estes resultados sugerem que o consumo de bebida muito quente é possivelmente responsável pelo câncer de esôfago e que a temperatura, e não a bebida em si, é o fator envolvido”, declarou Christopher Wild, diretor do IARC, ao apresentar o estudo realizado por um comitê de 23 especialistas. Leia também:

Café pode reduzir pela metade o risco de morte por câncer de boca ou faringe Segundo a OMS, a maioria dos cânceres de esôfago ocorre em certas regiões da Ásia, da América do Sul e da África Oriental, onde o consumo de bebidas muito quentes é frequente. Estudos realizados na China, Irã e Turquia, e no caso do mate, no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, onde as infusões geralmente são ingeridas a pelo menos 70ºC, demonstraram que o risco de câncer aumenta com a temperatura da bebida. No entanto, segundo a IARC, ainda não há indicações sobre a proporção de casos de câncer de esôfago ligados ao consumo de bebidas muito quentes. O câncer de esôfago é o oitavo mais comum no mundo e uma das principais causas de morte por câncer, com cerca de 400.000 mortes em 2012 (5% de todas as mortes pela doença).
 
Revisão

O relatório, que revisou mais de mil estudos, concluiu também que, se ingeridos em temperaturas “normais”, o café e o mate não causam câncer. Em 1991 o café foi incluído na lista de alimentos “possivelmente cancerígenos”, pela IARC, por ser suspeito causar câncer na bexiga. Mas essa nova análise mostrou que o consumo da bebida não oferecia efeitos cancerígenos no pâncreas, mamas e próstata, além de “observar a redução de riscos no câncer de fígado e endométrio uterino”.

Fonte: Veja


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